02 outubro 2010

Primeiros socorros nas empresas podem salvar vidas

 

Um atendimento correto e precoce evita lesões cerebrais graves e potencialmente irreversíveis

Colaborou Cinthia Meibach

No Brasil, todos os anos, 250 mil pessoas são vítimas de arritmia cardíaca, doença cardiovascular apontada como principal causa de morte em vários países em desenvolvimento. De acordo com o Ministério da Saúde, este número se deve à prevalência de fatores de risco como hipertensão, fumo, colesterol elevado, diabetes e obesidade.

Para o cardiologista Guilherme Fenelon, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), quanto mais rápido o atendimento, maior a chance de sobrevivência. Pois, a cada minuto perdido, a chance de sobreviver diminui de 7% a 10%. "É preciso treinar a população para reconhecer uma parada cardíaca e prestar o atendimento inicial: massagem cardíaca, respiração boca a boca e até o uso correto do desfibrilador", explica.

Nos estados do Paraná, São Paulo e no Distrito Federal a presença de desfibrilador é obrigatória em locais de grande circulação de pessoas, como, por exemplo, estádios de futebol, shoppings centers, aeroportos, rodoviárias e shows artísticos. A lei também exige a presença de técnicos para operar o equipamento.

Algumas empresas de grande porte no mercado estão oferecendo treinamento aos funcionários para que eles estejam aptos a identificar as emergências potencialmente fatais que aconteçam no ambiente de trabalho, tais como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e obstrução das vias aéreas.

O organizador de cursos para empresas da Sobrac, Marcel Cremonese Santos, explica que, durante as aulas, os funcionários aprendem conceitos básicos, que propiciarão um atendimento correto e precoce fundamental, podendo evitar lesões cerebrais graves e potencialmente irreversíveis, que ocorrerão logo após os primeiros minutos de parada cardíaca em normotermia (temperatura do corpo entre 36º e 38º). "Diversas escolas norte-americanas já introduziram em seu currículo disciplinas sobre manobras de ressuscitação cardiopulmonar e primeiros socorros. O desfibrilador externo automático (DEA) é um dispositivo computadorizado, sofisticado, confiável e de simples operação, que permite que pessoas leigas e profissionais de saúde façam a desfibrilação com segurança", afirma.

Além de grandes empresas, algumas prefeituras também aderiram ao curso, ampliando o número de socorristas que devem estar habilitados para proceder a ressuscitação cardiopulmonar, principalmente por causa da proximidade da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no País. "Estudos internacionais apontam que o atendimento realizado por leigos capacitados para atender às emergências e sustentar a vida de vítimas de problemas cardiovasculares, até que chegue o socorro especializado, tem salvado vidas", declara o presidente da Sobrac.

Segunda Chance

O médico reumatologista Claudinei José Martins, de 58 anos, afirma que só está vivo hoje graças à academia em que se exercitava estar equipada com o desfibrilador e manter pessoas aptas para usá-lo. Ele conta que no mês de fevereiro último estava terminando de fazer o alongamento para encerrar os exercícios quando teve uma parada cardíaca, provocada por um infarto agudo do miocárdio. Dentro do local, havia dois alunos médicos que, imediatamente, começaram o procedimento de reanimação com o uso do desfibrilador. "Dois colegas estavam lá para me socorrer, mas mesmo que eles não estivessem, havia funcionários treinados para esse tipo de emergência", diz.

Logo após ter sido reanimado, a unidade móvel de resgate chegou para levá-lo ao hospital. Ele passou o dia todo desacordado, mas quando voltou a si não havia ficado com nenhuma sequela. "Graças ao atendimento que recebi na academia, estou aqui hoje conversando com você, pois o médico me disse que se tivesse esperado o resgate chegar, talvez não tivesse sobrevivido", lembra.

Após o incidente, Martins recebeu três pontes de safena e em pouco tempo recuperou a rotina de trabalho e exercícios na academia, mas atribui a segunda chance que teve de vida a um milagre divino, pois se tivesse tido o infarto em outro lugar, desprovido do equipamento, talvez não tivesse a chance de sobrevivência. "Eu gostaria que mais locais reconhecessem a importância desse primeiro atendimento e se equipassem adequadamente para salvar outras vidas, assim como a minha foi salva", finaliza o sobrevivente. 




 

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