15 abril 2010

ENTREVISTAS




Por Guilherme Bryan
guilherme.bryan@folhauniversal.com.br


Estreou no sábado (10), às 22h, uma das novidades da “Rede Record” para 2010: o programa de entretenimento e humor “Legendários”, apresentado e dirigido por Marcos Mion. Nascido em São Paulo, em 20 de junho de 1979, ele começou na televisão em 1999, no programa “Sandy & Junior” e, em 2000, passou a apresentar programas em emissoras como “MTV” e “Bandeirantes”. Sócio da marca de roupas V.Rom e da boate Disco, Mion é formado em Artes Cênicas, fez 2 anos de Filosofia na Universidade de São Paulo e brinca: “É preciso estudar muito para falar besteira.”

1 – O que o público encontra de diferente em “Legendários”?
A linguagem em “Legendários” é bastante original e tenho total certeza de que montei o melhor time possível, com pessoas que se admiram e atuam juntas. João Gordo ficará com política; Elcio Coronato viverá um repórter que falará de comportamento; Jaque Khury terá quadro de perguntas com múltipla escolha; Felipe Solari falará de sustentabilidade e ecologia, sem ser “ecochato”; Gui Pádua tratará de adrenalina e radicalismo; os meninos do “Hermes & Renato” (trupe vinda da MTV) terão esquetes de humor enquanto Marcelo Marrom será o primeiro super-herói brasileiro. E Miá Mello virá com um quadro surpresa.

2 – A liberdade de criação foi o que o levou a “Record”?
Nunca viria para a “Record” para ser censurado. Aliás, é bem o inverso disso. O que a emissora quer é abrir os horizontes a novas experiências e linguagens e, em contrapartida, meu grande foco é fazer um programa do bem, entrando com respeito na casa das
pessoas sem humilhar ninguém. É muito
bacana e raro acontecer de uma emissora do porte da “Record”, que tem poder de penetração de massa impressionante, apostar num projeto que criei sob medida para ela. Não é um formato que já existia ou que veio de outro país, feito por um grupo já conhecido.

3 – A preocupação é com a inovação e com o jovem?
O respeito ao público jovem e a tentativa de inovar a televisão brasileira sempre estarão comigo. Por isso, com a nossa movimentação, muitos jovens vão ligar na “Record”. Fora a “MTV”, emissora que eu bati na porta, as demais me chamaram pela minha identidade artística muito forte e pelo que estavam ganhando em termos de público e anunciantes. Só que agora quero falar com um número de pessoas muito maior e fiz um programa que é um supermercado, onde todo mundo sempre encontra alguma coisa que o deixa feliz.

4 – Como é apresentar e fazer a direção geral do mesmo programa?
É um desafio enorme, pois tenho rotina maluca. Numa hora estou gravando uma imitação do Michael Jackson. Aí tiro a maquiagem e aprovo o orçamento de um quadro na minha mesa. Em seguida, aprovo a edição final de outro quadro. Aí vejo como está indo a viagem de outra atração, volto para os estúdios e gravo cabeças (textos de apresentação dos quadros). Por isso, se alguém descobrir um lugar que vende tempo, me diga, pois preciso comprar (risos).

5 – Haverá espaço para você atuar e imitar artistas?
Haverá o “micom”, minha imitação baseada em videoclipes e brincadeiras com imagens de arquivo da “Record” que, para mim, é uma espécie de mergulho na piscina de bolinhas sem hora para sair. Também vou comandar o programa e ser um dos integrantes do “Melados”, grupo novo do “Hermes & Renato”. Num primeiro momento meu trabalho como ator ficará suspenso, por falta de tempo, mas mais à frente adorarei ser chamado para trabalhar como ator em outras produções da “Record” e voltar ao palco, onde renovo a alma.

6 – Como você avalia o humor na televisão brasileira atualmente?
Hoje há uma nova linguagem incrível, com vários grupos e emissoras investindo. Quem ganha é o telespectador, mas eu me sinto grato por fazer parte desse time que vem de diferentes lugares e sabe que é preciso se adaptar à linguagem da televisão, do teatro e da internet.

7 – Os palavrões, marcas de vários “legendários”, serão excluídos?
Não há censura, mas não apareceu nenhum ainda e, caso apareça, colocaremos um “pi” (sinal sonoro) em respeito a quem está assistindo. Existe também consciência dos ”legendários” a respeito do sucesso profissional e desse novo momento na carreira.

8 – Como será a participação do público?
O programa será ao vivo, com plateia, que esperamos esteja enlouquecida e participando ativamente. Quem quiser também pode assisti-lo pelo portal “R7” numa janela e em outra ver o João Gordo comentar cada atração em tempo real. Todos os “legendários” possuem blogs no “R7” e estão liberados para “twittar” durante o programa. A galera será convocada, via twitter (página de relacionamentos na internet), para ações sociais.

9 – Como estão os cuidados com a identidade visual e a trilha sonora?
Eu tenho muita referência pop e sou muito ligado à moda, música, artes plásticas e design. Quando pensei nos “Legendários” como um grupo, imaginei uma identidade visual forte, com as cores preta e laranja, que as pessoas batem o olho e dizem: “Ele é ‘legendário’”. A música de abertura é do Charlie Brown Jr. e as trilhas de cada “legendário” são do Junior Lima e do cunhado dele, Lucas Lima.

10 – Qual foi a importância de começar a carreira no seriado “Sandy & Junior”? Eu era muito jovem e a Sandy e o Junior também, com a diferença de que eles já tinham muita experiência. Então aprendi muito a como trabalhar com câmera e me posicionar, além de como tratar os fãs, aos quais eles têm muita dedicação e paciência.

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