Ele estava nervoso e eu também. Ele não entendeu nada do que eu disse, e por mais que eu tentasse me explicar, ele não queria ouvir. "Isso não é justo", era tudo o que eu conseguia pensar. A minha vontade era de dar uma lição nele e deixar que se virasse para achar suas roupas e outras coisas. "Se é assim que vai me tratar, então não merece a minha ajuda", pensei. Mas uma outra voz suave falou: "Mas se você fizer isso não vai resolver o problema. Além do que, quando você o ajuda, Me auxilia.Eu também mereço ser punido?" Eu estava com tanta raiva que mal conseguia ouvir, mas ouvi e sabia que tinha que escolher entre dar ouvidos ou ignorar. E eu dei ouvidos.
Não porque queria, mas era o que tinha que fazer. Isso acontece o tempo todo. Você tem que escolher: ou faz o que tem vontade ou o que é certo. Quando fazemos o que sentimos vontade, geralmente não gostamos dos resultados. Quando fazemos a coisa certa, o resultado sempre é o que queríamos.
Eu orei. Embora eu o estivesse ajudando, ainda estava com raiva. Então falei para meu Senhor: "Estou aqui fazendo a Tua vontade, agora preciso que o Senhor me honre. Não vou falar nada, mas quero que o Senhor toque no coração do meu marido para que ele peça desculpas."
Eu tomei um banho demorado e decidi ir dormir. Estava tão cansada naquele dia que adormeci assim que coloquei a cabeça no travesseiro, só para acordar no dia seguinte na mesma posição que tinha dormido. Eu não me lembrava onde estava, não sabia que dia era e nem lembrava da noite anterior. Falei com o meu marido como se nada tivesse acontecido, mesmo porque não me lembrava. Depois que me respondeu, percebi que devia estar com raiva dele, mas não estava.
Não demorou muito e ele me chamou, me abraçou e disse: "Me desculpe pelo jeito que te tratei ontem à noite."
E Deus me honrou. Não porque mereci, mas porque eu obedeci.
Na fé.
Cristiane Cardoso
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