19 dezembro 2009

OLHAR FEMININO: Namorado rude




Eu tocava teclado na igreja onde o meu namorado tinha sido transferido. Estava “nas nuvens” porque poderia vê-lo mais do que uma vez na semana. Era uma outra maneira de conhecê-lo melhor. Sério, vivia focado no trabalho que tinha de fazer, por isso o admirava muito.

Até que começou a chamar a minha atenção por não tocar direito. A primeira vez que isso aconteceu fiquei chocada. Todos estavam com os olhos fechados e eu estava lá, tentando fazer o máximo para acompanhar o que ele estava cantando, mas simplesmente não conseguia encontrar o tom. De repente, ouço-o dizer rudemente: “Quando é que você
vai aprender?”

Mal podia acreditar que aquele que me mandava cartas de amor quase toda semana estava sendo rude comigo ali mesmo, no altar da igreja.

Queria ir embora imediatamente. “Como ele se atreve a falar comigo dessa maneira? Eu nem precisava estar aqui. Nem o meu pai fala assim comigo”, pensei. Sabia sobre submissão depois do casamento, mas ainda era solteira. Não precisava me submeter àquela situação. Fiquei muito envergonhada. Alguns obreiros que estavam na parte da frente da igreja viram o que aconteceu e, depois da reunião, perguntaram se eu estava bem. Disse que sim, claro. Não ia permitir que a grosseria dele me fizesse parecer fraca.

E aconteceu de novo, um outro dia. Os meus pensamentos frustrados foram a mil. ”Quem é esse homem no altar?” Decidi que, na próxima vez, simplesmente iria embora da reunião.
O problema se repetiu, e assim que eu estava prestes a desligar o teclado e sair, uma voz gentil falou comigo: “Eu achei que você estivesse fazendo isso para mim.”

Foi aí que decidi servir a Deus, custe o que custar, sem esperar apreciação ou agradecimentos, simplesmente servir ao Senhor.

Agora, refletindo sobre o que aconteceu, penso que o Renato estava me testando, e eu passei.

Na fé.

Cristiane Cardoso
www.cristianecardoso.com

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